Adolescente autista é estuprada por homem que conheceu na internet; VÍDEO
15/01/2025
(Foto: Reprodução) Mãe da menina pede que autoridades tomem providência em relação ao suspeito. Crime ocorreu em Santos (SP). Adolescente foi estuprada após sair com homem que conheceu na internet
Uma adolescente com Transtorno do Espectro Autista (TEA), de 14 anos, foi estuprada por um homem que conheceu na internet após sair com ele sem avisar a família em São Vicente, no litoral de São Paulo. As informações são da mãe da vítima, que afirma lutar por justiça enquanto as investigações estão paradas.
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“Ela não tem malícia de nada, tem mania de abraçar todo mundo, de beijar todo mundo [...]. Agora, está ao contrário. Não deixa ninguém encostar nela”, lamentou a mãe, uma técnica de enfermagem de 42 anos que terá a identidade preservada.
De acordo com o boletim de ocorrência (BO), o suspeito buscou de carro a vítima na casa dela, no bairro Catiapoã, alegando que a levaria para comer um lanche no dia 8 de dezembro. A mãe tomava banho quando a menina deixou o apartamento e entrou no veículo do homem.
Câmeras de monitoramento da região flagraram o agressor esperando a vítima dentro do carro (assista no topo da reportagem).
De acordo com a mãe, a menina disse ter sido levada para uma casa em Santos, cidade vizinha, onde foi estuprada pelo homem. “Falou para [ele] parar por diversas vezes, [disse] que estava machucando. Ele a mandou calar a boca, bateu na cabeça dela, xingou de retardada, deu vários socos na cabeça dela”, relatou.
Ainda segundo a técnica de enfermagem, o agressor pediu para a jovem sair do imóvel sem roupas, mas ela se vestiu mesmo assim. “Jogou minha filha dentro do carro e largou ela numa avenida na praia”, explicou a mãe.
Agressor foi buscar a vítima (à esquerda) na porta da casa dela em um carro preto (à direita)
Reprodução
A mulher relatou que a adolescente teve acesso ao celular depois de ser abandonada e, em seguida, conseguiu pedir ajuda a um taxista, que a levou para casa. “Na mesma hora, a levei até a delegacia, onde fizemos o boletim [de ocorrência]”, disse.
Após o registro, a adolescente foi até o hospital receber medicação para prevenir infecções. “Pela quantidade de medicamento que ela tomou, a saturação chegou a 71. Ela ficou na emergência e assim que teve alta, foi fazer o corpo de delito no IML [Instituto Médico Legal]”, relembrou.
Investigações
A família da vítima levantou informações sobre o suspeito por meio do telefone pelo qual ele mantinha contato com a adolescente. "Ela contou perfeitamente bem, mostrou a foto, reconheceu a foto, reconheceu o lugar [para onde ela foi levada]", afirmou a mãe.
Os familiares acionaram um advogado e levaram as informações para a Polícia Civil, mas, segundo a mãe, o suspeito sequer prestou depoimento. A equipe policial afirmou aos parentes que precisa ter acesso ao exame feito no IML para intimá-lo.
"Acho isso um absurdo, ele não foi chamado nem para dar depoimento, nem nada. E lá mesmo no IML falaram que era no máximo de 15 dias, então essa é minha revolta", lamentou a mãe, dizendo que o prazo para o laudo já passou.
Questionada pelo g1, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso está sendo investigado sob sigilo pela Polícia Civil de Santos.
"A autoridade policial segue realizando diligências para elucidar os fatos. Detalhes serão preservados em decorrência da natureza do crime e por envolver menor de idade", declarou a pasta.
Acesso ao celular
A mãe da adolescente contou que a menina passou a ter acesso a um aparelho há menos de um ano. "Por conta do psicólogo, para falar com o terapeuta dela. Fazia mais ou menos três meses que coloquei um chip no celular dela", finalizou a mulher.
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