Profissionais são capacitados por hospital de Rio Preto para abordagem em casos de doação de órgãos: 'Apoio emocional', diz médico
04/07/2025
(Foto: Reprodução) O encontro ocorreu na manhã desta sexta-feira (4) e teve a participação de profissionais de 23 hospitais da região noroeste paulista. Hospital de Base de Rio Preto treina equipes para abordagem em casos de doação de órgãos
O Hospital de Base (HB) realizou um encontro na manhã desta sexta-feira (4) em São José do Rio Preto (SP) para capacitar profissionais da área médica com técnicas de abordagem em casos de doação de órgãos.
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O evento contou com a participação de profissionais de 23 hospitais da região noroeste paulista. Durante o encontro, a principal discussão foi em relação aos métodos e às orientações fornecidas aos familiares de pessoas que faleceram, mas são classificadas como aptas para doar órgãos.
Em entrevista à TV TEM, o nefrologista João Fernando Picollo explicou sobre a importância de acolher e esclarecer as dúvidas dos parentes de pacientes.
"Capacitamos esses profissionais da saúde, médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos sobre realmente como acolher adequadamente esses familiares. Pois, hoje, isso não está inserido na graduação durante a faculdade" , explica.
Nefrologista João Fernando Picollo que trabalha no Hospital de Base de Rio Preto (SP)
TV TEM/Reprodução
O médico ainda esclareceu que é um momento difícil para a família, por isso é tão importante o apoio dos profissionais de saúde.
"A gente chama de 'relação de ajuda', trazemos esse apoio emocional para que a pessoa possa ter uma maior clarificação de uma melhor decisão sobre essa questão de doação ou não de órgãos", explica.
Durante a ação, os profissionais foram orientados a não somente convencer a família a autorizar a doação de órgãos, mas também explicar o funcionamento e como essa decisão pode ajudar a salvar vidas.
Evento em um hotel da zona sul de Rio Preto (SP) que reuniu profissionais da área da saúde para falar sobre abordagem em casos de doação de órgãos
TV TEM/Reprodução
Humanização
A pediatra Beatriz de Oliveira Fabrício participou do evento e reforçou que é um momento delicado e decisivo para as famílias.
"A pediatria exige lidar melhor com essa parte de ser mais "humano", tentar tirar esse peso que é estar perdendo um filho, a gente tenta lidar com essas questões", conta.
À reportagem, o médico Affonso Guiradom também esclareceu que melhorar a comunicação é a parte essencial para obter bons resultados em relação à doação de órgãos.
"A gente tem que treinar a comunicação de más notícias, que mudam a vida dessas pessoas. Isso nos ensina a trabalhar de maneira mais empática, assertiva e agrega muito no nosso dia a dia. Ainda mais nós, profissionais que lidamos diariamente com notícias difíceis", finaliza.
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